segunda-feira, 27 de outubro de 2008

[Censura~E~Luta]


Hoje no Fantástico foi mostrada a formatura de uma turma de medicina na UERJ que levou 40 anos para té-la. O motivo? Censura. No ano de 68 eles estavam reunidos quando a polícia veio para cima deles com balas de festim, ao repararem que eram falsas as balas os estudantes correram atrás da polícia que logo veio com balas de verdade, neste incidente o aluno Luiz Paulo de 21 anos recebe um tiro na cabeça, é socorrido mas não resiste. A formatura da turma foi censurada, o discurso e até o patrono - o falecido Luiz Paulo. Vendo aqueles senhores que protestaram contra a ditadura e toda a emoção de sua formatura comecei a refletir sobre a liberdade de expressão. Não esqueçamos os que morreram por não concordarem com o sistema.

Hoje, sou um rapaz de 20 anos, estudante universitário, e sinto o quão doloroso deve ser perder um colega de turma para a polícia que deveria estar nos protegendo. Mais duro ainda é ter que medir as palavras. Não por medo da opnião alheia, mas por medo de perder a liberdade ou a vida.

Não enterre no passado todos os jovens do nosso país que morreram para um sistema administrativo assassino. Não anulem seu voto. Não percam os jornais - leiam-os, assistan-os. Debatam com seus amigos. Não sejam omissos, ainda que não falem, pensem ou escrevam.

Nas palavras de Caetano Veloso: "É proibido proibir" Grande abraço!

domingo, 19 de outubro de 2008

[Flores]


A partir de hoje, todas as flores se chamarão "Leda".
Uma rosa não é bela porque a forçaram um padrão - assim como a Leda.
Um gérbero não é pomposo porque precisa de atenção - assim como a Leda.
O copo-de-leite não é branco por ser preconceituoso - assim como a Leda.
Um lírio não é raro por charme - assim como a Leda.
Belas flores são capazes de crescer em ambientes hostís, mas não são invulneráveis - assim como a Leda.
Precisam de carinho, atenção e muita delicadeza no trato - assim como a Leda.
E eu amo muito tudas essas qualidades - não das flores, mas da Leda.

Te amo mais do que a razão me permite pensar, minha amiga/namorada!

domingo, 12 de outubro de 2008

[Intensidade]


Alguém já viu uma adolescente de 15 anos escrever ou dizer que ama alguém? Ou então uma trintona, que suas próteses de silicone são maiores que seus cérebros? E homens cada vez mais fortes fisicamente, aproximando-se de uma suposta perfeição física e por causa dos seus esteróides são capazes de bater em todos por causa de um espirro ou risada?

Pois então senhores, hoje, vivemos uma era de intensidades, desde emocionais até físicas. Nada neste mundo acontece devagar ou então em pouca quantidade. Quando se gosta, não se gosta, se ama. Quando não se gosta, não gosta, odeia. Nada é pouco, tudo é muito. Parece filosifia de boteco, mas pare e repare. Cada dia carros mais rapidos, mais lustrosos, mais aerodinamicos, roupas inteligentes, sapatos perfeitos para o cliente perfeito.

A cada dia que passa deixamos de lado coisas poucas e amiúdes. Não se pode ficar comovido com um filme, ou você se esvai em lágrimas ou então ri do drama da personagem. Pensar, sentir, virou coisa para quem é pobre, duro. Dirão os ricos: "Ah! Larga esse filme, vamos beber!"; Dirão os revolucionários: "Vamos acabar agora com tudo!"; Pensaremos por dentro: "Eu quero mesmo isso?". Mas só podemos pensar, pois se falarmos, todos ficarão horrorizados com o óbvio. Pois nada assusta mais que a verdade, aquela coisinha que te tira da cama, que te faz pensar na aula, no ônibus e até na balada. É como um chamado, alguns escutam e atendem, outros, se fazem de surdos.

Aonde estão as risadas entre amigos sobre histórias antigas diante da excitação de uma boa risada para a menina de cabelos loiros e lisos? Quando a festa acaba, se pensa em pensar ou na proxima festa? E quando tudo acaba, para aonde vão os grandes reis da noite?

Desaceleremos, um pouco, devagar. Descalços no cimento ou no asfalto. Pensando em que tudo pode ser mudado, mas esta mudança precisa mais do que vontade, precisa de humanindade.