[Identidade~e~Sexo]

Todos nós as vezes deparamos com situações conflitantes. Este ano eu me deparei com uma que era inédita nas minhas indagações.

Tudo começou numa noite de domingo quando uma conhecida minha me mostrou uma foto no orkut com 3 meninas bonitas. O mais curioso foi que a mulher mais bonita na foto não era uma mulher. Pois é meus amigos, era um homem.

Tomado pela curiosidade e facilidade de obter mais informações sobre o fato adicionei a suposta mulher e preciso dizer, me surpreendi.

Como um cozinheiro maluco que em programas de TV procura por pratos exóticos eu procuro por histórias únicas, raras. E acreditem, este novo "sabor" foi muito significativo para um crescimento interno, seja ele de respeitar o próximo e até a ver que o que vale não é a aparência, mas sim o que a pessoa mostra ser.

Agora meus amigos, pensem um pouco: Homem/mulher é aquele que nasce ou que se reconhece como tal? Vamos ao primeiro exemplo que vem a minha mente: Um argeliano pode se reconhecer francês, adotando a língua, cozinha e cultura. Ou seja, ele é uma pessoa que nasceu num lugar mas que possui identidade de outro. Seria o mesmo com sexo? Afinal, o que é ser homem? Possuir órgãos genitais masculinos? E quando o cara os perde num acidente, ele deixa de ser? É gostar de mulher? Então uma lésbica também é homem? E o contrário, o que faz um homem não ser homem? Gostar de vestidos? Então Oswald Boateng é mulher? E o que faz uma mulher ser mulher? Poder engravidar? Então mulheres inférteis não são mulheres? Saber Cozinhar? Então minha mãe é o que? Ser submissa? Então eu conheço um monte que num é mulher.

Uffa... enfim, me respondam pois eu estou ainda confuso.

Afinal, você é aquilo quer ser ou o que nasceu sendo?

Forte abraço!

P.S.: Valeu Anni por ficar me ouvindo filosofar no ônibus e num me dar nenhuma porrada! =D

[O~Preço]

Neste domingo uma pergunta muito curiosa foi levantada pela minha pessoa que há muito venho guardando: Quem é melhor cantora, Elis Regina ou Maria Rita?

A pergunta é mais complexa do que se imagina caro leitor. Pois na primeira encontramos o talento, a natureza bruta, enquanto na segunda vemos a técnica, a busca da perfeição. Quem é o talento, aquele que nasceu com ele? Quem é o gênio, aquele que desenvolveu do zero uma habilidade? Ou nenhum dos dois ou os dois?

Preciso confessar que para mim, talento é uma aptidão adquirida e maximizada. Não tem nada a haver com nascer com um dom ou ser escolhido por Deus, mas sim do esforço contínuo auxiliado pela inteligência e sensibilidade. Quando uma coisa de destaque é feita por alguém precisamos entender o quanto de energia e tempo ela gastou para chegar ali. Um bom exemplo é Ernest Hemingway que precisou reescrever "Adeus às Armas" só 39 vezes, em consequência ele recebeu um Nobel de Literatura e um Pulitzer.

Nascer com algum condicionamento ajuda? Sim, acredito piamente que sim, mas se não houver esforço, dedicação e foco no objetivo não se chega a lugar nenhum. Um bom exemplo brasileiro que posso por é o Dunga e o Romário. Um sempre foi bom, mas nunca foi disciplinado, o outro nunca foi bom, mas sempre foi dedicado. Hoje podemos ver aonde cada um está.

Assim como Maradona e Pelé, Ronaldinho e Cristiano Ronaldo, Hamilton e Schumacher, que em épocas diferentes buscaram a perfeição de acordo com a sua realidade.

Só pra terminar uma histórinha. Depois de um concerto, uma mulher muito entusiasmada chega para o grande violinista Isaac Sterm e fala: "Eu daria minha vida para tocar como o senhor!"; Isaac responde da seguinte forma: "Pois é, eu fiz isso." Pode parecer bobeira, mas a frase "no pain, no glory" se faz muito séria na vida real.

Seja gênio, seja normal, o importante é fazer a seguinte pergunta quando encontramos um caminho: Quanto estou disposto a sacrificar?