quinta-feira, 7 de outubro de 2010

[Pena~de~Morte]

"...julgava saber que nunca haveria a possibilidade de paz para si mesmo, assim como não há armistício para a mãe amputada do filho ou para o homem que enterra o amigo..." - Albert Camus, A Peste

Senhoras e senhores, mais uma vez nos deparamos com um assassinato covarde de uma criança por aquele que deveria protegê-la, o seu pai. Joanna de 5 anos obedecendo a uma liminar da justiça foi passar 90 dias com o pai e voltou morta no 50°. Abominável? Sim. Quer dizer, muito! Que mal uma criança desta idade fez para ser punida desta forma? O que uma pessoa precisa fazer para ter sua vida ceifada?

Em muitos países a pena de morte é válida para casos perdidos, mas, até que ponto o homem está perdido? Em qual momento a capacidade humana é suprimida pelo instinto bestial de degradar a sua própria espécie? O que leva um pai, advogado, com sua nova esposa a matar sua filha, fruto de um relacionamento já acabado e negar mesmo que todos as provas mostrem que foi ele? O que faz um jogador de futebol, promissor a tirar a vida de sua amante ou invés de aceitar pagar pensão por 20 anos?

Qual seria o melhor castigo para essas pessoas? Uma vida limitada, cercado de feras tão abomináveis quanto elas? Ou o mesmo destino das suas vitimas? Passei muito tempo pensando nisso, depois que uma imprudência no trânsito tirou a vida de duas pessoas muito queridas por mim. Agora, depois de anos, vi que nada que for feito trará a vida da minha tia e minha prima adolescente de volta. Finalmente encontrei uma frase que poderia sintetizar o que sinto: "...julgava saber que nunca haveria a possibilidade de paz para si mesmo, assim como não há armistício para a mãe amputada do filho ou para o homem que enterra o amigo..." - Albert Camus.

Você seria capaz de perdoar o Bruno? O casal Nardoni? E a mãe de João Hélio, um dia vai superar essa perda?

"... Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte..." - Gandalf, O Senhor dos Anéis, J.R.R. Tolkien.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

[Felicidade~e~Satisfação]

Querido leitor, acredito que você tenha como um dos objetivos de vida a felicidade. Você a quer? Então vou te dizer como, anote aí:

  • É necessário não ligar para política e coisas bobas deste tipo;
  • Não veja telejornais, nem leia leia revistas ou qualquer tipo de jornal - principalmente aqueles que custam mais de 2 reais;
  • Divirta-se mais, pense menos;
  • Não ligue para os outros, você e seu mundo feliz correrão grande risco de serem destruídos.

Seguindo estes passos, você será uma pessoa feliz, entretanto, será tão vazio quanto um balão e supérfluo quanto uma mulher barbie.
A idéia de felicidade - que não pode ser comprada - é muito vendida, só que como satisfação, que sim, pode ser comprada.
Então, o que é felicidade? Você deve estar se perguntando. E eu sinceramente te respondo. Para este que vos escreve, felicidade é uma sensação de satisfação plena, onde não temos nenhuma lacuna vazia. Para Albert Camus, a vida não tem uma meta, pois colocaria a nossa existência limitada a um evento. Seria como dizer para uma vaca, que ela iria engordar e servir de comida. A vaca, por sua vez, não aceitaria seu destino e buscaria algo "maior" para a vida dela. Uma boa frase para descrever a felicidade plena seria: "tudo que tenho, me basta."; aí esbarraríamos na natureza ambiciosa que nós, seres humanos, estamos fadados a não ter felicidade.

MAS PARA TER AS NOSSAS NECESSIDADES SATISFEITAS!

Felicidade ou satisfação, não importa. Eu só sei que gosto das duas. =D