domingo, 12 de outubro de 2008

[Intensidade]


Alguém já viu uma adolescente de 15 anos escrever ou dizer que ama alguém? Ou então uma trintona, que suas próteses de silicone são maiores que seus cérebros? E homens cada vez mais fortes fisicamente, aproximando-se de uma suposta perfeição física e por causa dos seus esteróides são capazes de bater em todos por causa de um espirro ou risada?

Pois então senhores, hoje, vivemos uma era de intensidades, desde emocionais até físicas. Nada neste mundo acontece devagar ou então em pouca quantidade. Quando se gosta, não se gosta, se ama. Quando não se gosta, não gosta, odeia. Nada é pouco, tudo é muito. Parece filosifia de boteco, mas pare e repare. Cada dia carros mais rapidos, mais lustrosos, mais aerodinamicos, roupas inteligentes, sapatos perfeitos para o cliente perfeito.

A cada dia que passa deixamos de lado coisas poucas e amiúdes. Não se pode ficar comovido com um filme, ou você se esvai em lágrimas ou então ri do drama da personagem. Pensar, sentir, virou coisa para quem é pobre, duro. Dirão os ricos: "Ah! Larga esse filme, vamos beber!"; Dirão os revolucionários: "Vamos acabar agora com tudo!"; Pensaremos por dentro: "Eu quero mesmo isso?". Mas só podemos pensar, pois se falarmos, todos ficarão horrorizados com o óbvio. Pois nada assusta mais que a verdade, aquela coisinha que te tira da cama, que te faz pensar na aula, no ônibus e até na balada. É como um chamado, alguns escutam e atendem, outros, se fazem de surdos.

Aonde estão as risadas entre amigos sobre histórias antigas diante da excitação de uma boa risada para a menina de cabelos loiros e lisos? Quando a festa acaba, se pensa em pensar ou na proxima festa? E quando tudo acaba, para aonde vão os grandes reis da noite?

Desaceleremos, um pouco, devagar. Descalços no cimento ou no asfalto. Pensando em que tudo pode ser mudado, mas esta mudança precisa mais do que vontade, precisa de humanindade.

5 comentários:

Mariana disse...

mostra isso pros seus amigos baladeiros! =P

rs...bjs =***

Romullo Pontes disse...

Caio, meu amigo, realmente as atitudes das pessoas estão sendo cada vez mais levadas a níveis extremos neste nosso mundo de tudoaomesmotempoagora.

Só faço uma ressalva: quando diz "Pensar, sentir, virou coisa para quem é pobre, duro. Dirão os ricos: 'Ah! Larga esse filme, vamos beber!'", acho que é totalmente o contrário.

Pare, repare, reflita e responda: Os ricos deste país liberam mesmo algum tempo pra os pobres pararem pra pensar?

Abraço!

Leda Schildt disse...

Concordo com o que disse sobre a intensidade, e ouso a dizer um porquê de tudo isso: todos querem ser os melhores, em tudo, em qualquer coisa, mesmo que aquilo não seja importante para si mesmo. E assim, como uma epidemia, o exagero (melhor definição para o tema que escolheu) toma conta de tudo e todos que se deixam levar pelas marés, como os recém-saídos da infância. Não que isso seja necessariamente culpa deles, acredito que eles sejam apenas um reflexo claro das "modinhas" que rolam por aí, vistos que são alvos fáceis dado suas personalidades pouco solidificadas.

Quanto à velocidade do mundo e ao seu pedido de "stop right now!!". Não sou a favor. A humanidade passa por fases e esta é a fase da velocidade. Quem não embarca é atropelado. Não digo que isso seja ruim mas também não digo que é bom. Ainda sou fã do meu termo, do equilíbrio, do auto-conhecimento. Devemos, sim, experimentar as velocidades da vida e escolher a nossa. Há pessoas que vivem a 30km/h, vão morar no campo... Há aqueles que não suportam o silêncio, o sossego. E não é culpa destes que prefiram a velocidade, é apenas uma adaptação da vida à sua própria vivência É mais uma forma de a nossa querida e famosa DIVERSIDADE se manifestar.

Corramos ou molengamos.

vista disse...

o texto é muito bem elaborado...
e mostra de uma otima forma a intensidade do q ser q se passar...
parabens caio....
bjoss

Unknown disse...

Caio
como lhe havia dito, assim q tivesse tempo dava uma olhada no blog, então aki estou.
os textos estão ótimos
bju