Festas populares são sempre massacradas pela mídia, aonde todos precisam encontrar uma felicidade para mostrá-la aos outros. Tudo bem, o momento é ótimo, muitos estão felizes, mas e os que não estão felizes? Os tristes se apoiam nesses dias de folia para enganar que não existe problemas. E os que estão neutros?

Eu faço parte de um grupo de pessoas que não odeia o Carnaval, mas também não o adora. Encontro-me neutro. Como expectador, esperando alguma coisa acontecer, mas não sei o que pode acontecer de um lugar que não me motiva, não me fascina. Espero apenas poder pelo menos ter alguma coisa nova para observar - e acredito que não será coisa boa.
O Carnaval funciona como um tipo de morfina, engana a dor e faz a pessoa sempre se agarrar nele. Porque o cidadão tem uma realidade massacrante e nessa época do ano a dona de casa pode ser a rainha, o gari pode aparecer no comercial da Brahma e os rapazes mais liberais podem se vestir de mulher.
Eu pensei em colocar aqui alguma reflexão, mas hoje não tem.
Revellion, Carnaval, Páscoa e Natal, datas-morfina.
Viva simples.