sexta-feira, 27 de agosto de 2010

[Ler~Ser]

Eu gosto de livros que passam uma mensagem. Uma ideia, uma forma de pensar.

Este ano eu li O Senhor dos Anéis (A Sociedade e Anel e as Duas Torres), O Estrangeiro, Os Mensageiros, O Consolador e agora estou lendo A Peste.

O mais bacana desses livros é que todos me ensinaram coisas, seus personagens tem valores que me inspiraram, ainda que falhos ou absolutos, eu quero ser igual a eles ou ouvir o que eles tem para me dizer. Posso até listar os caras mais maneiros desses livros: Gandalf, Merry, Gimli, Meursault, Aniceto, André Luiz e agora Rieux.

Neles eu vejo virtudes que gostaria de ter ou que já tenho. Desde a sabedoria de desprendimento de Gandalf até a capacidade de sacrificar-se por todos num trabalho que não será reconhecido, como Rieux.

Ignoramos mensagens de livros ou filmes por estarem amarradas a personagens. Por exemplo o tão famigerado Edward Cullen, quando mostra-se relutante em transformar sua amada em mais um membro de sua raça. Senhor Myagui falando sobre a real origem do karatê. William Wallace gritando por liberdade ao seu executado em Coração Valente. O poema de William Henley, recitado por Mandela em Invictus. E o que eu mais gosto, os ensinamentos de Yoda para Luke no seu treinamento para ser jedi. São valores, com uma capa para que você os aprenda (ou os entenda).

Segue uma das passagens mais marcantes que já li até hoje: "... Lembrem-se, se chegar a hora de terem de escolher entre o que é certo e o que é fácil..." (Dumbledore, Harry Potter: O Cálice de Fogo)

Não leia só por diversão. Leia para se tornar algo diferente do que é quando terminar.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Problemas

Ó, eu juro que vou escrever alguma coisa que preste. Sério mesmo.

Minha garganta está me incomodando e a noite eu escrevo com o ar mais úmido e a casa mais silenciosa.

Pode cobrar!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

[Poder~e~Deformação]

"Quase todos podemos suportar a adversidade, mas se quereis provar o caráter de um homem, dai-lhe poder" - Abraham Lincoln

Sim senhores, desta vez quero falar sobre a abominação que o poder passa a ser quando mal usado. Quando ele passa de uma ferramenta de articulação, para uma máquina coercitiva que só serve para dominar, calar e ferir.

Nesta segunda-feira eu vi, pela segunda vez, pessoas que conheço e que gosto se transformarem-se. Por causa do poder? Sim, claro. Só que oriundo de uma outra fonte, uma pseudo-hierarquia, capaz de transformar o rapaz tímido, calado e deslocado em um valentão, falastrão. Expressões como “por favor”, “você poderia” ou “você quer?” são esquecidas assim que é declarada essa hierarquia. Neste exato momento você começa a ver o monstro que existe em cada um. Pode parecer engraçado, divertido, só que não para este que vos escreve. Não, pintar o outro com o intuito de mostrar a sua inferioridade a ti. Que você é o senhor do destino dele e capaz de cause-lhe um dano tão grande que seria irreparável - mesmo que só com tinta. “Mas é só tinta, Caio, não tem perigo!” Tem! Isso é um símbolo, tem um significado e este faz a manutenção de um ciclo que para muitos tem o sentido único e exclusivo de auto-afirmação e não de boas vindas.

Só não pense que sou anarquista ou contra uma hierarquia, ledo engano. Ela é necessária para que este tipo de abuso não aconteça. A origem do problema está sim, na mentalidade dos lideres que sofrem a mesma coisa no começo do seu ciclo. Uma vez que suas vontades não podem ser anuladas, com seus crescimento dentro desta hierarquia, estes atropelam aqueles que um dia foram seus iguais e pior, acaba agindo de forma que nenhum subordinado suportaria.

É nestas horas que reconhecemos uma pessoa de verdade. Ela compreende, conversa, negocia, se coloca no lugar do outro. É coisa rara, eu sei. Felizmente é muito valorizada – ainda mais pelos subordinados -, pois uma pessoa que trata seus iguais de forma igual mostra que superou suas vontades. Aprendeu a ver além raiva do momento.

Se algum dia, você, meu estimado leitor, tornar-se um líder – ou já for um -, não se esqueça de onde você veio. Uma boa memória e um pouco de humanidade ainda valem mais do que muito diploma.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

[Somos~Nós]


Nós tomamos decisões, dedicamos nosso tempo, nossa atenção e forças para alcançar uma meta. Infelizmente nem sempre conseguimos e isso, causa uma certa frustração. Até aí tudo normal. Tentativa e erro é algo muito bom, afinal, quanto mais você erra, mais você aprende a como não fazer.

Sempre que acontece alguma coisa e o resultado não é satisfatório, a gente normalmente tem duas reações, a do "se eu" e o "mas também". Quando você está andando para pegar um ônibus e vê ele partindo. É evidente que bate aquele pensando "droga, por pouco não peguei", até aí, tudo bem, muito justo. Só que depois vem a marca do cabeça baixa, você pode falar "SE EU não tivesse parado pra tirar aquela meleca, teria chegado a tempo" ou então "MAS TAMBÉM, esse pessoal dá o dinheiro certinho da passagem, nem da tempo pras pessoas que estão longe alcançar e entrar no ônibus".

Por favor, não faça mais isso. Sérinho.

A gente tem esse complexo de coitado pra aliviar as nossas falhas. Tenha hombridade, quando errar fale "porra, perdi o ônibus" ou "Ah... dei mole nessa" e não pense em se justificar, tire algo positivo disso, afinal, o ponto de ônibus estará vazio agora.

Ah! Já ia esquecendo de falar de mais dois tipos de cabeça baixa, é o masoquista e o satânico. O primeiro faz tudo certinho, se esforça, corre atrás, perde o sono, faz 90% do esforço e se não consegue nada coloca a culpa nele mesmo. Chega a ser ridículo, pensar nisso, mas vamos colocar um exemplo: você acorda, se arruma, sai de casa e vai para algum lugar. No meio do caminho o ônibus (repararam que eu só falo de ônibus, né?) enguiça. Resultado, você chega atrasado. Aí o cabeça baixa masoquista dirá “poxa, a culpa foi minha, não dei muito tempo para caso isso acontecesse”. É como se a pessoa tivesse se culpando por não ter vidência, só pode.

Agora, o satânico é mais problemático. Além de todos esses dogmas o cara coloca a culpa dos próprios fracassos num cara que algumas pessoas nem se quer acreditam. Se o cara faz corpo mole a vida toda, cede a qualquer tipo de vício, faz merda sem pensar de quem é a culpa? De Satanás, o pai da mentira. Não! É culpa do fraco que aceita envergar para as coisas que levam qualquer pessoa a se degenerar. Se eu nunca estudei, não me preparei para o futuro, tive 5 filhos e recebo um salário minimo o culpado do meu aperto sou eu e não uma criatura mistica. É que nem colocar a culpa no saci quando um pé-de-meia seu some.

Pare de reclamar. Seja homem, encare seus problemas. Afinal de contas, problemas só aparecem quando a nossa vida está se movimentando. Quanto mais progresso, mais problema.

OBA!